quinta-feira, 7 de abril de 2011

Iron Maiden faz show incontestável no Expotrade

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O Iron Maiden fez nesta terça-feira (5) um show incontestável na Arena Expotrade, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Sem surpresas, sem grandes efeitos pirotécnicos, mas também sem falhas técnicas, atrasos e com o bom e velho rock pesado da Donzela de Ferro.

Cito falhas técnicas e atrasos pelos dois outros shows que vi no Expotrade, Oasis e Scorpions. Com o Iron foi tudo diferente, acredito que principalmente por conta da produção e organizadores do show. A começar pela posição do palco e do público que foram colocados do lado esquerdo do pavilhão e não nos fundos. Enfim, sem ressalvas em relação a esses aspectos. O aberto e imenso estacionamento do Expotrade está longe de ser a bela, acústica e aconchegante Pedreira, mas já provou que, com organização, pode receber um grande show de rock.
Só para constar, a pista VIP mesmo com ingressos esgotados tinha muito espaço vazio, o que certamente dificultou e muito a visão dos que estavam na pista normal. Como eu disse, infelizmente esses grandes shows acabam sendo muito prejudicados se você não pode pagar para ir de VIP.

Sobre o show, como já havia adiantado, não houve surpresas no setlist. Para os fãs de longa data, o repertório com certeza foi menos interessante do que o do show de 2008 em Curitiba, quando eles vieram para fazer um show de comemoração pelos anos na estrada (ou nas nuvens) e não divulgando um novo trabalho.

O show começou 20h58, dois minutos antes do horário previsto. A primeira foi Satellite 15... The Final Frontier, a mais famosa do cd lançado em 2010. Uma música empolgante e cantada pela grande maioria dos presentes. Na sequência, El Dorado, que também é música "nova", deu uma esfriada no público, já que muitos não conheciam a novidade. O primeiro hit, 2 Minutes to Midnight, levantou a massa pela primeira vez. Mas o ritmo caiu quando novamente eles voltaram  a executar canções lançadas no ano passado, The Talisman e Coming Home. Depois, mesmo não sendo um hit, Dance of Death animou os mais fanáticos seguidores do Iron.

Mas foi com The Trooper que o público foi ao delírio. Os fãs certamente nunca vão se cansar de ver a já tradicional cena de Bruce Dickinson com a bandeira britânica em mãos acima e Murray, Gers, Smith e Harris juntos no centro do palco. O show seguiu com duas inéditas em relação ao último show por aqui. The Wicker Man e Blood Brothers (dedicada aos "irmãos" japoneses que enfrentaram o tsunami) agradaram os presentes. A última recém lançada presente no setlist foi When the Wild Wind Blows. Linda, mas desconhecida pela imensa maioria.

The Evil That Men Do antecipa o momento máximo do show. Acho que poucas bandas no mundo conseguem provocar o sentimento que o Iron provoca nos seus fãs ao executar Fear of The Dark. O clichê é válido, trata-se de um hino cantado por milhares. Jovens de 15 anos, senhores que já passaram dos 50, todos com as mãos levantadas gritando ôôôÔ ôÔôô, ôôôÔ ôôôÔ...Iron Maiden, que é incrível ao vivo, fecha o set com a presença de um discreto Eddie no palco. Bem menor do que o que veio a Curitiba em 2008.


Depois da pausa, o retorno com outro grande hit, The Number Of The Beast. Hallowed Be Thy Name e Running Free encerram em grande estilo um show perfeito.

Por vários momentos Bruce conversou com o público e pedia para os fãs gritarem, com o já conhecido "screaaaaaam for me Curitiba". Inesquecível para todos que estiveram presentes. Resta saber se os velhinhos terão fôlego para pousar na capital paranaense com tamanha energia novamente algum dia.

Nos vídeos, Blood Brothers e The Number Of The Beast, direto do Expotrade.



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